© Jorge das Neves

© Jorge das Neves

Laura Lamiel

Un chant d'amour, 2019–2022
Aço, espelhos unidirecionais, mesa de cobre, objetos da coleção do artista, unidades de aço bruto, tubos fluorescentes
Cortesia da artista e Marcelle Alix, Paris

Ao longo de décadas, Laura Lamiel construiu uma identidade artística excecional. A sua obra e vocabulário nunca deixaram de evoluir, incorporando novos elementos e diluindo continuamente as fronteiras entre ateliê e espaço expositivo. Nos anos 90, depois de abandonar a frontalidade da pintura, passa a fazer instalações onde a cor e a luz desempenham um papel essencial. As suas estruturas, e em particular as suas ‘celas’, são inspiradas tanto pela psicanálise quanto pela cosmologia espiritual. Abrigam um repertório de formas sensíveis constituído por objetos encontrados, coleções e taxonomias de materiais que contrastam com as imaculadas superfícies de aço que ela ilumina com lâmpadas fluorescentes. Nos anos 2000, acompanhando as celas, desenvolveu outros aparatos – brincando com a transparência e a natureza reflexiva dos espelhos unidirecionais; criando espaços penetráveis ​​ou enterrados –amplificando a carga biográfica e afetiva dos materiais adotados.

[Fonte: LL – Laura Lamiel, monografia, ed. Imprensa Paraguai, 2019]


Nascida em 1948, Laura Lamiel vive em Paris. Fez inúmeras exposições individuais em instituições como o Kunstverein Langenhagen, Alemanha (curadoria Ursula Schöndeling), La Verrière, Bruxelas (cur. Guillaume Désanges), La Galerie – art center, Noisy-le-Sec, França (cur. Emilie Renard), Musée d'Art Moderne de Saint- Etienne, França (cur. Anne Tronche) ou o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Entre as suas exposições mais recentes incluem-se as nas instituições Malmö Konsthall; Bienal de Rennes (cur. François Piron); Mac/Val (Vitry-sur-Seine, França); Biennale de Lyon (cur. Ralph Rugoff); Fundacio Joan Miro, Barcelona e Centre Pompidou, Paris. Laura Lamiel participou recentemente nas exposições coletivas Future, Ancient, Fugitive, Palais de Tokyo (cur. Franck Balland); Absalon, Absalon; IVAM e CAPC (cur. Guillaumes Désanges e François Piron, 2021). Uma importante publicação monográfica foi publicada pela Paraguay Press por ocasião da sua última exposição individual no CRAC-Centro de Arte Contemporânea de Sète (cur. Marie Cozette).