Sessões de conversas Bibliotera
O projeto Abotcha quer criar no Anozero uma biblioteca que reúna um espólio considerável com livros de autores africanos e sobre África, pensamento anticolonial, mas, sobretudo, uma abertura a muitos mundos. Haverá aqui lugar para refletir (e escutar) no raciocínio oral, na oralidade, também ele capaz, como identificou Mamoussé Diagne, de preservar e de transmitir o saber na ausência da escrita. Na Biblioteca Abotcha, brotam do chão programas de debate, performances a partir de propostas a que os livros convidam, reflexões sobre a escrita, a circulação, a transformação e a apropriação de saberes. Aspiramos a uma biblioteca sem espartilhos, a ouvir com atenção as histórias que nos embalam e os livros que nos fazem despertar.
14:00–16:00 – 1.ª Ronda de Conversas
Raja Litwinoff, Editora FALAS AFRIKANAS: «Doações de livros do Norte para o Sul – solidariedades internacionais ou continuidades coloniais?».
Raquel Lima, poeta, performer e arte-educadora: «Violência, Memória e Oratura – A Tafua como semente de resistência».
Patrícia Chaves, bióloga: «Morcegos e Outros Bichos: Um Voo pela Guiné-Bissau».
16:30–18:30 – 2.ª Ronda de Conversas
Manuel Bivar, antropólogo e escritor: «Mulheres guerreiras na história oral da Guiné».
Michel Té, poeta, filósofo arquiteto e pan-africanista: «Museu, Um Agente Exterior Do Homem».
Aladje Galissa, guardador de memórias: «Djidius».
10.04.22, 13:00–17:30
Raja Litwinoff, Raquel Lima, Patrícia Chaves, Manuel Bivar, Michel Té, Aladje Galissa